quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Nova Perimetral

O Rio de Janeiro é uma cidade que tem alguns problemas de infra-estrutura, tais como grandes engarrafamentos e um fraco sistema de transportes público, tudo isso somado ao fenômeno de abandono de áreas urbanas, como é o caso do porto, que é extremamente subutilizado. Sendo assim, a ideia do projeto é realizar uma intervenção completa no elevado da Perimetral. Com essa “reformulação” podemos atrair uma nova dinâmica urbana para a área, com novos pontos de interesse.
Pensando nisso, trabalhamos com a completa reinvenção da Perimetral, tirando vantagens da infra-estrutura existente, criando uma nova configuração de cidade. Para isso removemos o”tabuleiro” que suporta as pistas de rolagem, e aproveitamos todo o resto da estrutura existente.
A nova Perimetral vem para favorecer os transportes públicos, com a instalação de um monotrilho, usando assim uma tecnologia mais limpa para se deslocar na cidade. O monotrilho vai conectar, ao longo do percurso, diferentes sistemas de transporte, tais como metro, barcas, e também fazendo uma conexão com o terminal rodoviário, ambos aeroportos e o porto. Uma linha de monotrilho cruzando a cidade vai criar novas “áreas de troca”, próximas às estações que vão ser criadas, e vai ainda ajudar a redescobrir outras áreas atualmente abandonadas.

sábado, 28 de agosto de 2010

Por que demolir só entre o Mosteiro de São Bento e o Armazém 5?

Essa é uma imagem, de uma das inúmeras visitas que fizemos à área, onde fica bem clara a desagradável sensação que se tem ao passar por baixo da perimetral. Isso foi uma das nossas diretrizes de projeto, se vamos manter o elevado, vamos melhorar a relação de quem tem que conviver com ele, por isso trabalhamos de várias formas o percurso durante toda a sua passagem pela cidade.
E, sendo assim, nos perguntamos, por que o projeto do Porto Maravilha só considera a demolição entre o Mosteiro de São Bento e o Armazém 5?
Nos parece uma proposta que não considera o todo da perimetral, e sim apenas um trecho. E mais ainda, isso nos leva a questionar qual o benefício que a população do Rio tira dessa demolição, já que, a princípio o problema do trânsito não será resolvido, só desviado para um mergulhão a ser criado, ao contrário do setor privado que certamente lucrará muito com os investimentos na área.


O elevado está lá, com uma grande infra-estrutura que sabemos que pode servir de enorme ganho para a cidade, por que demolir uma parte para resolver um problema e esquecer do resto, quando existem tantas outras possibilidades? Fica a dúvida...

A Nova Configuração do Elevado

Uma das imagens do projeto, exemplificando a nova ambiência criada no entorno do elevado, com a demolição do tabuleiro de pistas e a implantação do sistema do monotrilho, apoiado no "pergolado" da perimetral. A idéia é eliminar a sensação desagradável, de túnel que o pedestre, ou até mesmo o motorista, tem hoje ao passar na Avenida Rodrigues Alves, sem a necessidade da total demolição da estrutura.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alunos do TI2 na Prefeitura do RJ

Na sexta-feira, dia 13 de agosto de 2010, os alunos da FAU-UFRJ Sérgio Curriça, Vitor Damasceno e Pedro Toledo, equipe do atelier DH do Trabalho Integrado 2 composto pelos professores Ivete Farah, Cristóvão Duarte, Guilherme Lassance e Alexandre Pessoa, apresentaram à Companhia de Desenvolvimento da Região do Porto – CDURP – o projeto para o Elevado da Perimetral desenvolvido dentro do atelier.

O conceito, criado em um dos workshops coletivos da turma e posteriormente desenvolvido pela equipe, propõe a simultânea “demolição e não-demolição” do elevado. Não demolir por completo, eliminando somente o tabuleiro onde ficam as pistas de rolagem de automóveis, mas preservando pilares, acessos e vigas. Esta estrutura abrigaria então um trem em mono-rail (numa tecnologia já existente e ora em licitação em São Paulo) que iria do Aeroporto Santos Dumont ao Galeão (com paradas estratégicas no percurso) invertendo a lógica de privilégio do transporte individual da Perimetral, além da criação de parques lineares suspensos em pontos específicos.


(fonte: http://painelfau.blogspot.com/2010/08/alunos-do-ti2-apresentam-trabalho-na.html)

Vamos escolher o nosso RIO?



Ao tomarmos conhecimento do lançamento do Edital para a demolição da Perimetral, resolvemos enviar este email para divulgar uma proposta , por nós desenvolvida, que tem como premissa a reinserção urbana do elevado, trazendo assim à tona as inúmeras vantagens que a cidade pode obter com toda essa infra-estrutura já existente. A intervenção da Perimetral está baseada em uma reformulação total do elevado, inclusive do seu uso, servindo agora como um grande eixo de transporte de massa contando com ligações intermodais entre barcas, ônibus e até aeroportos…


 A partir de um  conceito, criado em um workshop coletivo na nossa turma da FAU-UFRJ,  e posteriormente desenvolvido por nós, PEDRO TOLEDO, SERGIO CURRIÇA e VITOR DAMASCENO, orientados pelos professores  Ivete Farah, Alexandre Pessoa, Cristóvão Duarte, e Guilherme Lassance, propõe-se  a simultânea “demolição e não-demolição” do elevado. Não demolir por completo, eliminando somente o tabuleiro onde ficam as pistas de automóveis, mas preservando pilares, acessos e vigas, criando assim um novo espaço para a cidade.

                Esta estrutura abrigaria então um  monorail (numa tecnologia já existente e ora em licitação em São Paulo) que iria do Aeroporto Santos Dumont ao Galeão, com paradas estratégicas no percurso, viabilizando assim o atual projeto da linha 5 do metro e invertendo a lógica de privilégio do transporte individual da Perimetral, além da criação de parques lineares suspensos em pontos específicos.

                O custo estimado para a implantação do mono-rail equivale ao custo previsto somente para a demolição do elevado. Trata-se de uma solução técnica e economicamente viável e, sobretudo, ambientalmente responsável, já que prioriza a utilização de um transporte sobre trilhos (não poluente) e aposta na redução da presença do transporte individual no centro da cidade. 


A nova perimetral, como gostamos de chamar, seria então uma bandeira da mudança, transformando a cidade que queremos, onde ao invés de destruirmos o existente, trabalhamos para melhorá-lo, de forma a trazer benefícios para a cidade como um todo.


Pedro Toledo, Sergio Curriça e Vitor Damasceno.